quinta-feira, 15 de maio de 2014
COMO FUNCIONA O INTELECTO? INTRODUÇÃO AO EMPIRISMO E AO CRITICISMO
Vamos compreender um pouco sobre o que é filosofia? sua origem na Grécia Antiga; os fatores que contribuiram para seu surgimento e alguns dos principais filósofos do perído pré-socrático, finalizando o bimestre falando sobre Sócrates e seu método para se chegar a verdade (conhecimento).
O termo intelecto é originado do latim intellectus. Significa inteligência (intellegire), ou seja, compreender. Na concepção clássica grega, a partir do filósofo Anaxágoras, o intelecto (nous) significa o princípio de ordenação do cosmo e, por extensão, a faculdade do pensamento humano, enquanto esta reflete a ordem cósmica. Distingue-se assim das sensações e dos desejos e apetites, sendo assim, pois, "a parte da alma com a qual esta conhece e pensa", conforme Aristóteles.
(JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996).
1. COMO FUNCIONA O INTELECTO?
A realidade do universo é imensa. O homem é apenas um dos elementos integrantes de um conjunto infinito de seres que compõem esta realidade.
A inteligência humana capta os sinais do mundo, ou melhor, a realidade que nos cerca através dos órgãos dos sentidos: ouvidos, olhos, língua, pele e nariz. Estes órgãos fazem parte de um complexo mecanismo que nos permite ter sensações.
SENSAÇÃO = é o resultado de uma transformação realizada pelo sistema nervoso, que "traduz" a impressão originada pela excitação de nossos sentidos.
Os cheiros, os sons, os sabores, as cores e as temperaturas, tudo é interpretado pela inteligência. Além disso, podemos partilhar o que captamos com os outros. Assim, a interpretação não se reduz a uma atividade da mente isolada e entra em contato com o mundo real.
Por exemplo: se está calor e minha pele está sentindo o sol, eu posso fazer esse comentário para outra pessoa e ela pode confirmar .
São as experiências interpretadas pelos seres humanos que dizem o que é verdadeiro ou não. A isso damos o nome de empirismo, porque nossa inteligência, ou nosso intelecto, necessita da experiência para entender o mundo.
A razão tem a função de perceber os fatos que provocam as sensações e avaliá-los, julgá-os e organizá-los.
2. RAZÃO E INTELIGÊNCIA
A razão tem a função de perceber os fatos que provocam as sensações e avaliá-los, julgá-os e organizá-los.
A realidade assume diversas facetas que tornam determinados fatos incompreensíveis pela razão, pois esta possui um conhecimento limitado do universo. Mas a razão, a todo momento, procura romper estes limites e compreender cada vez mais. É nestes momentos que ela se socorre de outra faculdade de nossa mente, a inteligência.
A inteligência é especializada em em resolver problemas e ampliar o poder de entendimento da razão. Entretanto, a inteligência não possui "vontade". Ela é
acionada somente quando houver necessidade.
A razão é a faculdade que aciona a nossa inteligência. A inteligência por sua vez, para auxiliar a razão, recorre aos seus próprios mecanismos. No entanto, a nossa mente possui determinadas funções que nos livram do trabalho de utilizarmos, a toda hora, a inteligência.
3. FATOS QUE A INTELIGÊNCIA NÃO PRECISA EXPLICAR
As ações que praticamos repetidas vezes tornam-se automáticas e dispensam a presença da inteligência, que só é colocada a em atividade quando temos de enfrentar circunstâncias novas, circunstâncias que nos ofereçam algum problema.
HÁBITO = Chamamos de hábito o costume ou disposição automática que adquirimos através da aprendizagem e implica a constante repetição de uma atividade. Portanto, o hábito é algo adquirido.
INSTINTOS = Diferente do hábito, por serem inatos, ou seja, por terem nascido com os indivíduos, são comuns a todos os exemplares de uma mesma espécie. Por outro lado, os hábitos, por serem adquiridos, podem variar entre os exemplares de uma mesma espécie. Os instintos funcionam como fatores que nos predispõem a garantir a propagação e a preservação de nossa espécie.
Como o hábito, também as atividades que realizamos por instinto dispensam a presença atuante da inteligência.
Fonte: COTRIM, Gilberto. PARISI, Mário. Trabalho dirigido de filosofia. São Paulo: Saraiva, 1996.
4. EMPIRISMO: corrente filosófica que defende a aquisição do conhecimento através dos sentidos (experiência sensorial), temos como representante John Locke.
John Locke (1632 - 1704) - Filósofo inglês
• Afirmava que as ideias são formadas através da experiência dos sentidos.
Obra: Ensaio acerca do entendimento humano (1690)
Para John Locke a mente é um papel branco sem qualquer ideia, por isso ele questiona de onde apreendemos as matérias da razão e do conhecimento, chega a conclusão que o conhecimento nasce da experiência.
Experiência: possibilita o conhecimento e fazemos experiência dos objetos sensíveis externos (captados através dos órgãos dos sentidos) e
também das operações internas da mente (reflexão).
5. CRITICISMO: doutrina Kantiana que estuda as condições de validade e os limites do uso que podemos fazer de nossa razão.
Immanuel Kant (1724 - 1804) - Filósofo alemão
• Criou o criticismo para investigar as possibilidades do conhecimento (julgar e estabelecer os limites da razão)
Crítica da Razão Pura (1781, 1787 2ªed.)
Neste livro Kant afirma na distinção entre o conhecimento puro e o empírico que o conhecimento nasce da experiência, mas ele se questiona se existe um
conhecimento independente da experiência.
Kant chega a conclusão de que existe duas formas de conhecimento:
- Conhecimento a posteriori: é fundado e posterior a experiência.
- Conhecimento a priori: é independente, anterior e distinto da experiência.
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