terça-feira, 24 de dezembro de 2013
domingo, 15 de dezembro de 2013
POR DENTRO DAS RELIGIÕES
Anglicanismo
Originada nas províncias inglesas de York e Cantebury, o Arcebispo de Cantebury possui o Primado da Inglaterra. Quanto à organização, trata-se de um sistema hierarquizado, em que os bispos são responsáveis pelas dioceses e as paróquias são administradas por pastores. O Arcebispo de Cantebury é a autoridade máxima em relação às igrejas, embora estas sejam independentes entre si. Os anglicanos utilizam o Livro do Orador Comum (livro doutrinário, dividido em 39 artigos) e o Livro Alternativo de Serviço como orientadores espirituais. Esta religião recebe influências do catolicismo, ainda que as tendências predominantes sejam protestantes. A origem do Anglicanismo é remontada ao ano de 1534, em que houve a ruptura de Henrique VIII em relação ao Papa e a Roma. Henrique VIII, desta forma, assumiu a máxima autoridade religiosa anglicana, assim como os reis ingleses que o sucederam.
Bahaismo
O Bahaismo consiste numa religião de origem persa, cujas diretrizes doutrinais baseiam-se em crença de caráter monoteísta. Apesar do caráter monoteísta, o bahaismo prega a unificação de todas as crenças, às quais deveriam se dirigir a um único deus. Os códigos sagrados bahaistas, o Kitab al-Aqdas, "O Livro Sagrado", e o Ketab e Igqan, o "Livro da Certeza", formam as bases doutrinais desta crença, pregando como valores obrigatórios para seus seguidores as orações diárias, a monogamia, a abstinência de drogas e álcool, além da prática do jejum durante 19 dias do ano. Aliás, o sistema de calendário bahaista convenciona a contagem de 19 meses para cada ano, sendo que cada mês possui 19 dias. De acordo com o calendário internacional, as principais datas religiosas bahaistas ocorrem nos dias 21 de março (Ano Novo) , assim como em 21 e 29 de abril (declaração da missão de Baha'ullah). Em seus códigos sagrados, não há referências a nenhum episódio apocalíptico, pois nesta religião não se acredita em intervenções divinas de modo direto, de uma maneira geral. O destino cabe sobretudo ao homem, que é responsável por suas ações, embora seja admitida a idéia da inevitabilidade das mudanças na ordem do mundo. A igualdade entre os sexos também é tema pregado nos livros sagrados bahaistas. A religião bahaista teve Mirza Hosein Ali (1817-1892) como fundador. Este é conhecido como o próprio Baha'ullah, palavras cujos significados remetem à idéia de "a glória de Deus". A religião de Baha'ullah não apresenta organização clerical formal, assim como nenhum sacramento. Apesar disto, os acontecimentos marcantes na vida dos seguidores, como os casamentos, funerais e batismos, possuem seus cultos cerimoniais. Há locais para os cultos, como os templos e santuários. Em cada continente do mundo há pelo menos um foco de concentração dos seguidores do Bahaismo.
Budismo
O Budismo originou-se nos fins do Período Bramânico na Índia, que se estendeu aproximadamente entre os séculos IX e III antes de Cristo. Tal período pode ser subdividido entre um período bramânico ortodoxo (período de predominação dos Bramanas), um período bramânico desviante (do qual originaram-se as Upanisadas) e período das heterodoxias. Este último dá lugar à origem do jainismo e do budismo. De uma maneira geral, o budismo prega um caminho de libertação e salvação mais individualizado. No decorrer de sua existência, a crença budista subdividiu-se em duas correntes: o Budismo Theravada, mais próximo da origem dos ensinamentos budistas (prega um único caminho para a redenção: esforço e disciplina), e o Budismo Mahayana (predominante, por exemplo, em países como o Butão, país sob regime monárquico constitucional, e na Coréia do Sul), do qual geraram-se doutrinas como a Bodhisattva e o Zen-Budismo, esta última possuindo foco de concentração no Japão (embora neste último país predomine a religião xintoísta). O Budismo, de modo geral, é organizado sob um sistema monástico. O principal livro sagrado budista consiste no Tripitaka, livro compartimentado em três conjuntos de textos que compreendem os ensinamentos originais de Buda, além do conjunto de regras para a vida monástica e ensinamentos de filosofia. A corrente do Budismo Mahayana ainda reconhece como códigos sagrados os Prajnaparamita Sutras (guia de sabedoria), o Lankavatara (revelações em Lanka) e o Saddharmapundarika (leis). A crença budista toma a reencarnação como verdade. O sistema budista de crença é baseado em quatro princípios ou verdades fundamentais: o sofrimento sempre se faz presente na vida; o desejo é a causa crucial do sofrimento; a aniquilação do desejo leva à aniquilação do próprio sofrimento; a libertação individual é atingida através do Nirvana. O Nirvana contraria-se à idéia do Samsara (o ciclo de nascimento, existência, morte e renascimento). Para os budistas, o caminho da libertação e atingido a partir do momento em que o ciclo do Samsara é quebrado. O rompimento do ciclo da vida é justamente o Nirvana, o qual pode ser alcançado através de passos: a compreensão correta, o pensamento correto, o discurso correto, a ação correta, a vivência correta, o esforço correto, a consciência correta, a concentração correta. Todos estes passos são perseguidos através da auto-disciplina e da meditação, além de exercícios espirituais. O Budismo foi fundado na Índia em aproximadamente 528 a.C. pelo príncipe Sidarta Gotama, o Buda (o Iluminado, cuja existência se estendeu aproximadamente de 563 a 483 a.C.), Hoje em dia, a maior concentração de seguidores budistas localiza-se na região do leste asiático). A Índia atual, na verdade, possui grande maioria hinduísta (pouco mais de 80% de sua população total).
Confucionismo
Há duas correntes confucionistas: uma delas associa-se a Confúcio e Xunzi, tendo preceitos como a obediência aos códigos tradicionais de comportamento para os interesses pessoais próprios de cada indivíduo; outra corrente associa-se a Mêncius e seus preceitos são baseados no dever da conduta humana ser estabelecida de acordo com a própria natureza moral individual. O Confucionismo não possui uma organização clerical formalizada e não há igrejas. Ainda no Confucionismo, não há a adoração de divindades, assim como não há ensinamentos sobre a vida após a morte. As idéias confucionistas são baseadas em três obras: os Anacletos, a fonte dos ensinamentos de Confúcio; o I Ching, o livro das alterações do destino; o Mengzi, livro de Mêncius, o segundo sábio do Confucionismo. O país onde o Confucionismo conquistou mais adesões, ao lado do Budismo e do Taoísmo, é a China. O Confucionismo, não se referindo a divindades e mantendo-se distante de teoria de vida após a morte, acaba constituindo mais predominantemente um sistema filosófico, não possuindo quase nenhuma das características marcantes em todas as religiões. A origem do Confucionismo é remontada ao século VI antes de Cristo, tendo sido fundada por Kongzi (o próprio Confúcio - por volta de 551 a 479 a.C.).
Cristianismo
Muitas doutrinas cristãs diferenciadas entre si surgiram desde as primitivas comunidades cristãs. A origem destas comunidades se deu em plena expansão do Império Romano. Como o Imperador romano era a também a figura religiosa máxima do Império, quaisquer seitas eram prejudiciais ao seu poder absoluto. Desta forma, as comunidades cristãs deste período foram perseguidas. No entanto, mais tarde, o Império Romano adotaria as crenças cristãs como sua religião oficial, ocorrendo assim a fundação da Igreja de Roma. A partir desta, originaram-se as diversas doutrinas cristãs. Com a excomunhão do Patriarca de Constantinopla pelo Papa, em 1054, gerou-se um cisma e, como conseqüência, a fundação de uma outra doutrina, a Igreja Ortodoxa, cuja concentração de fiéis localiza-se mais ao leste europeu e porções centrais ao longo do continente asiático. Por outro lado, séculos mais tarde, a Reforma, desencadeada por Martinho Lutero, foi um movimento de contestação aos preceitos religiosos e à própria organização clerical católica. Assim, surgiram diversas doutrinas, sob a ordem do protestantismo. Ao longo dos tempos, foram várias as religiões originadas a partir desta ramificação (Igreja Luterana, Igreja Metodista, Igreja Presbiteriana, Igreja Anglicana etc.). O marco fundamental da origem do cristianismo refere-se ao nascimento de Jesus Cristo. Uma série de feitos miraculosos são vinculados à figura de Jesus. Neste período, a disseminação da religião pelas camadas mais populares se deveu à dedicação nas pregações realizadas pelos doze apóstolos de Cristo (André, Bartolomeu, Felipe, Jaime, Jaime filho de Alfeu, João, Judas Iscariotes, Judas Tadeu, Mateus, Pedro, Tadeu e Tomás). Mas a grande expansão cristã deu-se, séculos mais tarde, com a própria expansão colonial dos povos cristãos europeus colonizadores, que levaram a fé cristã para além-mar, no período das Cruzadas. No Brasil, a fé cristã foi trazida inicialmente pelos primeiros catequizadores da Companhia de Jesus. O calendário internacional toma o nascimento de Jesus Cristo como marco referencial para a contagem dos anos. As datas cristãs comemoradas são o Natal (nascimento de Jesus Cristo), o Dia de Reis, a Quaresma e a Páscoa. A Ascensão e os Pentecostes também constituem datas comemorativas, embora sejam mais difundidas apenas entre os seguidores de algumas das doutrinas originadas do Cristianismo. A Bíblia Sagrada, constituindo a obra central para o Cristianismo como um todo, encerra as idéias fundamentais da crença. O Cristianismo baseia-se na crença monoteísta, ao contrário das crenças contemporâneas à sua origem. Segundo a religião, Deus é o criador de todas as coisas no Universo, tendo criado o mundo em sete dias (Gênese). As religiões cristãs preconizam o amor a Deus e ao próximo, conforme os ensinamentos de Jesus. Acredita-se na ressurreição de Cristo, e é estabelecido o conceito da Santa Trindade, em que Deus é pai, Jesus Cristo o filho, e o Espírito Santo a presença contínua de Deus na Terra.
Hinduísmo
Tendo sua origem remontada ao ano de 1500 a . C., a religião hinduísta foi estabelecida pelos invasores arianos da Índia. Os textos védicos antigos descreviam um universo cercado de água. No período dos arianos, ou árias (homens), a explicação de suas divisões sociais era encontrada nos Vedas: da cabeça do deus primordial saíram os brâmanes (casta social dominante), dos braços saíram os guerreiros, das pernas os produtores e dos pés os servos (não-árias, ou "não-homens"). O mundo, conforme a concepção desta época foi formado a partir da organização, por força divina, de um caos preexistente. No sistema religioso hinduísta atual há uma série de ramificações, que geraram crenças e práticas diversas, assim como há muitos deuses e muitas seitas de diversas características. O Hinduísmo tem sua ênfase no que seria o modo correto do viver (dharma). Os cultos hinduístas são realizados tanto em templos e congregações quanto podem ser domésticos. A cerimônia mais comumente realizada é relativa à oração (puja). A palavra "Om", representa a vibração original, uma vibração que transcende o início, o meio e o fim de todas as coisas, vinculando-se, desta maneira, à imagem da própria divindade. Os códigos sagrados do Hinduísmo são: os Vedas, consistindo em escrituras que incluem canções, hinos, dizeres e ensinamentos; o Smriti, escrituras tradicionais que incluem o Ramayana, o Mahabarata, e o Bhagavadgita. O Hinduísmo é a religião atualmente predominante na Índia (pouco mais de 80% da população).
Jainismo
Em sua origem, o Jainismo constituiu, ao lado do Budismo, uma vertente surgida no período das heterodoxias decorrentes da tradição bramânica na Índia. No decorrer de sua existência, a religião separou-se em duas vertentes: a Svetambara, que segue os cânones das escrituras que contêm os sermões e diálogos de Mahavira; e o Digambara, que acredita que os ensinamentos originais foram perdidos, mas a mensagem original é preservada. Os textos sagrados do Jainismo são: os Culika-sutras, que se dirigem à natureza da mente e do conhecimento; os Chedra-sutras, que contêm as regras do ascetismo para os monges jainistas; o Ágama, texto especificamente seguido pela vertente Svetambara, considerando este texto como uma coleção de diálogos do próprio Mahavira. O sistema monástico regido por regras de ascetismo caracteriza a organização jainista. Além do ascetismo, outras regras devem ser seguidas: devoção à "tarefa" por toda a existência, abstenção total de posses pessoais, celibato e recusa do ato sexual, nunca prejudicar quaisquer seres vivos, nunca mentir e nunca roubar. A origem do Jainismo é remontada à Índia do século VI a. C., cuja fundação foi desencadeada por Vardhamana Mahavira.
Judaísmo
Anglicanismo
Originada nas províncias inglesas de York e Cantebury, o Arcebispo de Cantebury possui o Primado da Inglaterra. Quanto à organização, trata-se de um sistema hierarquizado, em que os bispos são responsáveis pelas dioceses e as paróquias são administradas por pastores. O Arcebispo de Cantebury é a autoridade máxima em relação às igrejas, embora estas sejam independentes entre si. Os anglicanos utilizam o Livro do Orador Comum (livro doutrinário, dividido em 39 artigos) e o Livro Alternativo de Serviço como orientadores espirituais. Esta religião recebe influências do catolicismo, ainda que as tendências predominantes sejam protestantes.
A origem do Anglicanismo é remontada ao ano de 1534, em que houve a ruptura de Henrique VIII em relação ao Papa e a Roma. Henrique VIII, desta forma, assumiu a máxima autoridade religiosa anglicana, assim como os reis ingleses que o sucederam.
Bahaismo:
O Bahaismo consiste numa religião de origem persa, cujas diretrizes doutrinais baseiam-se em crença de caráter monoteísta. Apesar do caráter monoteísta, o bahaismo prega a unificação de todas as crenças, às quais deveriam se dirigir a um único deus. Os códigos sagrados bahaistas, o Kitab al-Aqdas, "O Livro Sagrado", e o Ketab e Igqan, o "Livro da Certeza", formam as bases doutrinais desta crença, pregando como valores obrigatórios para seus seguidores as orações diárias, a monogamia, a abstinência de drogas e álcool, além da prática do jejum durante 19 dias do ano. Aliás, o sistema de calendário bahaista convenciona a contagem de 19 meses para cada ano, sendo que cada mês possui 19 dias. De acordo com o calendário internacional, as principais datas religiosas bahaistas ocorrem nos dias 21 de março (Ano Novo) , assim como em 21 e 29 de abril (declaração da missão de Baha'ullah).
Em seus códigos sagrados, não há referências a nenhum episódio apocalíptico, pois nesta religião não se acredita em intervenções divinas de modo direto, de uma maneira geral. O destino cabe sobretudo ao homem, que é responsável por suas ações, embora seja admitida a idéia da inevitabilidade das mudanças na ordem do mundo. A igualdade entre os sexos também é tema pregado nos livros sagrados bahaistas.
A religião bahaista teve Mirza Hosein Ali (1817-1892) como fundador. Este é conhecido como o próprio Baha'ullah, palavras cujos significados remetem à idéia de "a glória de Deus". A religião de Baha'ullah não apresenta organização clerical formal, assim como nenhum sacramento. Apesar disto, os acontecimentos marcantes na vida dos seguidores, como os casamentos, funerais e batismos, possuem seus cultos cerimoniais. Há locais para os cultos, como os templos e santuários. Em cada continente do mundo há pelo menos um foco de concentração dos seguidores do Bahaismo.
Budismo:
O Budismo originou-se nos fins do Período Bramânico na Índia, que se estendeu aproximadamente entre os séculos IX e III antes de Cristo. Tal período pode ser subdividido entre um período bramânico ortodoxo (período de predominação dos Bramanas), um período bramânico desviante (do qual originaram-se as Upanisadas) e período das heterodoxias. Este último dá lugar à origem do jainismo e do budismo. De uma maneira geral, o budismo prega um caminho de libertação e salvação mais individualizado.
No decorrer de sua existência, a crença budista subdividiu-se em duas correntes: o Budismo Theravada, mais próximo da origem dos ensinamentos budistas (prega um único caminho para a redenção: esforço e disciplina), e o Budismo Mahayana (predominante, por exemplo, em países como o Butão, país sob regime monárquico constitucional, e na Coréia do Sul), do qual geraram-se doutrinas como a Bodhisattva e o Zen-Budismo, esta última possuindo foco de concentração no Japão (embora neste último país predomine a religião xintoísta). O Budismo, de modo geral, é organizado sob um sistema monástico.
O principal livro sagrado budista consiste no Tripitaka, livro compartimentado em três conjuntos de textos que compreendem os ensinamentos originais de Buda, além do conjunto de regras para a vida monástica e ensinamentos de filosofia. A corrente do Budismo Mahayana ainda reconhece como códigos sagrados os Prajnaparamita Sutras (guia de sabedoria), o Lankavatara (revelações em Lanka) e o Saddharmapundarika (leis). A crença budista toma a reencarnação como verdade. O sistema budista de crença é baseado em quatro princípios ou verdades fundamentais: o sofrimento sempre se faz presente na vida; o desejo é a causa crucial do sofrimento; a aniquilação do desejo leva à aniquilação do próprio sofrimento; a libertação individual é atingida através do Nirvana. O Nirvana contraria-se à idéia do Samsara (o ciclo de nascimento, existência, morte e renascimento). Para os budistas, o caminho da libertação e atingido a partir do momento em que o ciclo do Samsara é quebrado. O rompimento do ciclo da vida é justamente o Nirvana, o qual pode ser alcançado através de passos: a compreensão correta, o pensamento correto, o discurso correto, a ação correta, a vivência correta, o esforço correto, a consciência correta, a concentração correta. Todos estes passos são perseguidos através da auto-disciplina e da meditação, além de exercícios espirituais.
O Budismo foi fundado na Índia em aproximadamente 528 a.C. pelo príncipe Sidarta Gotama, o Buda (o Iluminado, cuja existência se estendeu aproximadamente de 563 a 483 a.C.), Hoje em dia, a maior concentração de seguidores budistas localiza-se na região do leste asiático). A Índia atual, na verdade, possui grande maioria hinduísta (pouco mais de 80% de sua população total).
Confucionismo:
Há duas correntes confucionistas: uma delas associa-se a Confúcio e Xunzi, tendo preceitos como a obediência aos códigos tradicionais de comportamento para os interesses pessoais próprios de cada indivíduo; outra corrente associa-se a Mêncius e seus preceitos são baseados no dever da conduta humana ser estabelecida de acordo com a própria natureza moral individual. O Confucionismo não possui uma organização clerical formalizada e não há igrejas. Ainda no Confucionismo, não há a adoração de divindades, assim como não há ensinamentos sobre a vida após a morte. As idéias confucionistas são baseadas em três obras: os Anacletos, a fonte dos ensinamentos de Confúcio; o I Ching, o livro das alterações do destino; o Mengzi, livro de Mêncius, o segundo sábio do Confucionismo. O país onde o Confucionismo conquistou mais adesões, ao lado do Budismo e do Taoísmo, é a China.
O Confucionismo, não se referindo a divindades e mantendo-se distante de teoria de vida após a morte, acaba constituindo mais predominantemente um sistema filosófico, não possuindo quase nenhuma das características marcantes em todas as religiões. A origem do Confucionismo é remontada ao século VI antes de Cristo, tendo sido fundada por Kongzi (o próprio Confúcio - por volta de 551 a 479 a.C.).
Cristianismo
Muitas doutrinas cristãs diferenciadas entre si surgiram desde as primitivas comunidades cristãs. A origem destas comunidades se deu em plena expansão do Império Romano. Como o Imperador romano era a também a figura religiosa máxima do Império, quaisquer seitas eram prejudiciais ao seu poder absoluto. Desta forma, as comunidades cristãs deste período foram perseguidas. No entanto, mais tarde, o Império Romano adotaria as crenças cristãs como sua religião oficial, ocorrendo assim a fundação da Igreja de Roma. A partir desta, originaram-se as diversas doutrinas cristãs.
Com a excomunhão do Patriarca de Constantinopla pelo Papa, em 1054, gerou-se um cisma e, como conseqüência, a fundação de uma outra doutrina, a Igreja Ortodoxa, cuja concentração de fiéis localiza-se mais ao leste europeu e porções centrais ao longo do continente asiático. Por outro lado, séculos mais tarde, a Reforma, desencadeada por Martinho Lutero, foi um movimento de contestação aos preceitos religiosos e à própria organização clerical católica. Assim, surgiram diversas doutrinas, sob a ordem do protestantismo. Ao longo dos tempos, foram várias as religiões originadas a partir desta ramificação (Igreja Luterana, Igreja Metodista, Igreja Presbiteriana, Igreja Anglicana etc.).
O marco fundamental da origem do cristianismo refere-se ao nascimento de Jesus Cristo. Uma série de feitos miraculosos são vinculados à figura de Jesus. Neste período, a disseminação da religião pelas camadas mais populares se deveu à dedicação nas pregações realizadas pelos doze apóstolos de Cristo (André, Bartolomeu, Felipe, Jaime, Jaime filho de Alfeu, João, Judas Iscariotes, Judas Tadeu, Mateus, Pedro, Tadeu e Tomás). Mas a grande expansão cristã deu-se, séculos mais tarde, com a própria expansão colonial dos povos cristãos europeus colonizadores, que levaram a fé cristã para além-mar, no período das Cruzadas. No Brasil, a fé cristã foi trazida inicialmente pelos primeiros catequizadores da Companhia de Jesus.
O calendário internacional toma o nascimento de Jesus Cristo como marco referencial para a contagem dos anos. As datas cristãs comemoradas são o Natal (nascimento de Jesus Cristo), o Dia de Reis, a Quaresma e a Páscoa. A Ascensão e os Pentecostes também constituem datas comemorativas, embora sejam mais difundidas apenas entre os seguidores de algumas das doutrinas originadas do Cristianismo.
A Bíblia Sagrada, constituindo a obra central para o Cristianismo como um todo, encerra as idéias fundamentais da crença. O Cristianismo baseia-se na crença monoteísta, ao contrário das crenças contemporâneas à sua origem. Segundo a religião, Deus é o criador de todas as coisas no Universo, tendo criado o mundo em sete dias (Gênese). As religiões cristãs preconizam o amor a Deus e ao próximo, conforme os ensinamentos de Jesus. Acredita-se na ressurreição de Cristo, e é estabelecido o conceito da Santa Trindade, em que Deus é pai, Jesus Cristo o filho, e o Espírito Santo a presença contínua de Deus na Terra.
Hinduísmo
Tendo sua origem remontada ao ano de 1500 a . C., a religião hinduísta foi estabelecida pelos invasores arianos da Índia. Os textos védicos antigos descreviam um universo cercado de água. No período dos arianos, ou árias (homens), a explicação de suas divisões sociais era encontrada nos Vedas: da cabeça do deus primordial saíram os brâmanes (casta social dominante), dos braços saíram os guerreiros, das pernas os produtores e dos pés os servos (não-árias, ou "não-homens"). O mundo, conforme a concepção desta época, foi formado a partir da organização, por força divina, de um caos preexistente.
No sistema religioso hinduísta atual há uma série de ramificações, que geraram crenças e práticas diversas, assim como há muitos deuses e muitas seitas de diversas características. O Hinduísmo tem sua ênfase no que seria o modo correto do viver (dharma). Os cultos hinduístas são realizados tanto em templos e congregações quanto podem ser domésticos. A cerimônia mais comumente realizada é relativa à oração (puja). A palavra "Om", representa a vibração original, uma vibração que transcende o início, o meio e o fim de todas as coisas, vinculando-se, desta maneira, à imagem da própria divindade. Os códigos sagrados do Hinduísmo são: os Vedas, consistindo em escrituras que incluem canções, hinos, dizeres e ensinamentos; o Smriti, escrituras tradicionais que incluem o Ramayana, o Mahabarata, e o Bhagavadgita.
O Hinduísmo é a religião atualmente predominante na Índia (pouco mais de 80% da população).
Jainismo
Em sua origem, o Jainismo constituiu, ao lado do Budismo, uma vertente surgida no período das heterodoxias decorrentes da tradição bramânica na Índia. No decorrer de sua existência, a religião separou-se em duas vertentes: a Svetambara, que segue os cânones das escrituras que contêm os sermões e diálogos de Mahavira; e o Digambara, que acredita que os ensinamentos originais foram perdidos, mas a mensagem original é preservada. Os textos sagrados do Jainismo são: os Culika-sutras, que se dirigem à natureza da mente e do conhecimento; os Chedra-sutras, que contêm as regras do ascetismo para os monges jainistas; o Ágama, texto especificamente seguido pela vertente Svetambara, considerando este texto como uma coleção de diálogos do próprio Mahavira. O sistema monástico regido por regras de ascetismo caracteriza a organização jainista. Além do ascetismo, outras regras devem ser seguidas: devoção à "tarefa" por toda a existência, abstenção total de posses pessoais, celibato e recusa do ato sexual, nunca prejudicar quaisquer seres vivos, nunca mentir e nunca roubar.
A origem do Jainismo é remontada à Índia do século VI a. C., cuja fundação foi desencadeada por Vardhamana Mahavira.
Judaísmo
O Judaísmo tem origem remontada ao ano de 2000 a. C, aproximadamente. Os nomes vinculados a sua fundação pelos judeus são Abraão e Moisés. Os cultos são realizados nas sinagogas, ainda sendo estas utilizadas como espaços dedicados à educação e aos assuntos coletivos. Em termos de organização clerical, há a divisão em congregações, que escolhem individualmente seus rabinos. Os textos sagrados judaicos são: a Bíblia dos hebreus, que inclui o Torá (o Pentateuco, os cinco primeiros livros bíblicos: Gênesis, Êxodo, Números, Levítico e Deuteronômio), os Profetas e outros livros; o Talmude, formado pelo conjunto de ensinamentos do Judaísmo, além de tratar-se de um guia de leis religiosas e civis.
No judaísmo houve o surgimento de várias vertentes, como a Ortodoxa, a Conservadora e a Reformista. A Conservadora, apesar de tomar como sagradas as tradições judaicas, encerra uma ideologia que permite novas interpretações dos textos sagrados. Os seguidores da vertente Reformista submetem as tradições judaicas à reavaliações, de geração a geração.
Os judaicos acreditam que um Messias surgirá em busca da redenção da espécie humana. A fé judaica concentra-se em um único Deus, que haveria criado o homem à sua própria imagem e semelhança. Abraão, considerado o pai do povo judeu, estabeleceu um pacto com Deus. Moisés é considerado pelos judeus como um profeta superior a todos os demais, tratando-se ainda de um símbolo de libertação e independência pátria.
Mórmons
A idéia da vida como um estágio de aprendizado para a eternidade e da alma individual preexistente ao nascimento são pontos fundamentais no sistema de crenças dos Mórmons. Os Mórmons praticam o batismo póstumo e acreditam na eternidade das famílias seladas no templo. A Igreja de Jesus Cristo dos Últimos Dias adota a Bíblia como texto sagrado fundamental, sendo considerada a fonte direta da palavra de Deus. A obra A Pérola do Grande Preço constitui os escritos de Joseph Smith especificamente dirigidos para esta religião; O Livro de Mórmon contém a história dos seres pioneiros no Ocidente; a Doutrina e Convênios tratam-se do conjunto das revelações transmitidas diretamente por Deus a Joseph Smith.
Esta religião tem origem remontada ao ano de 1830, em Salt Lake City, nos Estados Unidos, tendo sido fundada pelo pastor citado acima, Joseph Smith (1805-1844).
Rastafarianismo
Na verdade, o Rastafarianismo é baseado numa mesclagem do Cristianismo com o Judaísmo . As canções, orações e a música são muito importantes e bastante peculiares no movimento como um todo. Os seguidores são agrupados em comunidades, nas quais discutem-se seus assuntos próprios. Não há organização clerical nem igrejas ou templos. O Rastafarianismo, tendo origem remontada à década de 20, teve como inspiração fundamental o movimento de “retorno à África” de Marcus Garvey, na Jamaica (movimento de resgate das raízes culturais africanas dos povos que migraram à força das contingências escravocratas).
Sikhismo
A palavra “Sikh” significa “disciplina”. Não há uma hierarquização na organização clerical da religião. Os cultos são realizados nos templos, onde hinos de louvor são cantados e orações matinais são feitas. A figura do guru significa, para os sikhistas, o guia dos seguidores para sua libertação (Moksa). Os sikhistas adotam como textos sagrados o Guru Grant Sahib e o Janam-Sakhis, ou “Histórias da Vida”, escrito 80 anos após a morte de Nanak, o fundador da religião (cuja origem é remontada à Índia do século XV).
Taoísmo
O Taoísmo possui duas vertentes de pensamento religioso. Uma destas vertentes se concentra na meditação desritualizada, seguindo feições metódicas, subsistindo de maneira mais geral como uma ordem filosófica, enquanto a vertente mais ortodoxa atribui importância fundamental aos rituais, à renovação cósmica e ao controle espiritual. O termo Tão, significando "caminho", consiste num elemento fundamental recorrente em todas as tradições filosóficas chinesas, entre elas o próprio Confucionismo.
O incenso é um elemento constante nos rituais taoístas. Um dos símbolos do Taoísmo é bastante famoso até entre os ocidentais: o Yin-Yang consiste numa representação do equilíbrio e complementaridade entre as forças naturais opostas em perfeita harmonia.
Referente à organização clerical, o Taoísmo é constituído de estrutura monástica e sacerdotal. Os textos sagrados do Tao são: o Dão De Jing (Tao te-ching: “O Caminho e seu Poder”) e os escritos de Chuang Tzu (369-286 a. C.).
A cronologia da origem das bases filosóficas taoístas ainda permanece obscura, podendo ser bastante anterior a Lao Tzu, considerado o fundador da religião, mas que na verdade foi responsável por um grande impulso à religião sobre a qual já existiam alguns conceitos primitivos.
Testemunhas de Jeová
Há nesta religião a rejeição à Santa Trindade da Igreja Católica. As Testemunhas de Jeová pregam a simplicidade como modo de vida, possuindo este sistema de crenças uma orientação anti-ecumênica . As transfusões de sangue são terminantemente proibidas, mesmo nos casos de risco de vida em que são necessárias, e os fiéis acreditam na iminência do Armagedom e que, no final da guerra apocalíptica, serão os eleitos para o governo ao lado de Cristo pela eternidade.
A origem dessa dissidência cristã é remontada ao século XIX, nos Estados Unidos, sendo iniciada por Charles Taze Russell.
Unitarismo
Esta religião prega a salvação como bem inalienável de todos os indivíduos. O conceito de inferno eterno é inexistente para os unitaristas, que realizam uma leitura literal da Bíblia. Estes pregam a fraternidade e, assim como outras religiões, reverenciam a Santa Ceia e o batismo. Jesus Cristo é tomado como humano comum e como um mestre de ensinamentos religiosos.
Desta forma, o Unitarismo realiza uma ruptura com o conceito cristão da Santa Trindade.
A origem desta religião é remontada a uma dissidência da Igreja Anglicana, tendo sido fundada em 1770.
Xintoísmo
Tendo fundação remontada ao Japão, aproximadamente no ano de 660 a.C., o Xintoísmo possui duas vertentes: o Xintoísmo Sectário (Kioto) e o Shrine Shinto (Jinga). Os textos sagrados do Xintoísmo são o Nihon Shoki (consistindo de narrativas do Japão do ano 720 d. C.) e o Kojiki, contendo registros dos anciões mestres.
Zoroastrismo
Dois princípios fundamentais regem o sistema de crenças desta religião: a existência de Deus e do Diabo e a volta do Paraíso à Terra. Os livros sagrados do Zoroastrismo são: o Avesta, o livro sagrado das orações, dos hinos, dos rituais, das instruções, da prática e da lei; o Gathas, que são hinos atribuídos a Zoroastro; o Pahlavi, que consiste na literatura zoroastrista. Ahura Mazda é a deidade suprema, criador de todas as coisas boas, enquanto Ahriman é o princípio destrutivo que rege a ganância, a fúria e as trevas; a bondade irá triunfar; os mortos ressuscitarão. A origem do Zoroastrismo é remontada ao século VI a. C., tendo sido fundada pelo profeta persa Zoroastro.
O Judaísmo tem origem remontada ao ano de 2000 a. C, aproximadamente. Os nomes vinculados a sua fundação pelos judeus são Abraão e Moisés. Os cultos são realizados nas sinagogas, ainda sendo estas utilizadas como espaços dedicados à educação e aos assuntos coletivos. Em termos de organização clerical, há a divisão em congregações, que escolhem individualmente seus rabinos. Os textos sagrados judaicos são: a Bíblia dos hebreus, que inclui o Torá (o Pentateuco, os cinco primeiros livros bíblicos: Gênesis, Êxodo, Números, Levítico e Deuteronômio), os Profetas e outros livros; o Talmude, formado pelo conjunto de ensinamentos do Judaísmo, além de tratar-se de um guia de leis religiosas e civis.
No judaísmo houve o surgimento de várias vertentes, como a Ortodoxa, a Conservadora e a Reformista. A Conservadora, apesar de tomar como sagradas as tradições judaicas, encerra uma ideologia que permite novas interpretações dos textos sagrados. Os seguidores da vertente Reformista submetem as tradições judaicas à reavaliações, de geração a geração.
Os judaicos acreditam que um Messias surgirá em busca da redenção da espécie humana. A fé judaica concentra-se em um único Deus, que haveria criado o homem à sua própria imagem e semelhança. Abraão, considerado o pai do povo judeu, estabeleceu um pacto com Deus. Moisés é considerado pelos judeus como um profeta superior a todos os demais, tratando-se ainda de um símbolo de libertação e independência pátria.
Mórmons
A idéia da vida como um estágio de aprendizado para a eternidade e da alma individual preexistente ao nascimento são pontos fundamentais no sistema de crenças dos Mórmons. Os Mórmons praticam o batismo póstumo e acreditam na eternidade das famílias seladas no templo. A Igreja de Jesus Cristo dos Últimos Dias adota a Bíblia como texto sagrado fundamental, sendo considerada a fonte direta da palavra de Deus. A obra A Pérola do Grande Preço constitui os escritos de Joseph Smith especificamente dirigidos para esta religião; O Livro de Mórmon contém a história dos seres pioneiros no Ocidente; a Doutrina e Convênios tratam-se do conjunto das revelações transmitidas diretamente por Deus a Joseph Smith.
Esta religião tem origem remontada ao ano de 1830, em Salt Lake City, nos Estados Unidos, tendo sido fundada pelo pastor citado acima, Joseph Smith (1805-1844).
Rastafarianismo
Na verdade, o Rastafarianismo é baseado numa mesclagem do Cristianismo com o Judaísmo . As canções, orações e a música são muito importantes e bastante peculiares no movimento como um todo. Os seguidores são agrupados em comunidades, nas quais discutem-se seus assuntos próprios. Não há organização clerical nem igrejas ou templos. O Rastafarianismo, tendo origem remontada à década de 20, teve como inspiração fundamental o movimento de “retorno à África” de Marcus Garvey, na Jamaica (movimento de resgate das raízes culturais africanas dos povos que migraram à força das contingências escravocratas).
Sikhismo
A palavra “Sikh” significa “disciplina”. Não há uma hierarquização na organização clerical da religião. Os cultos são realizados nos templos, onde hinos de louvor são cantados e orações matinais são feitas. A figura do guru significa, para os sikhistas, o guia dos seguidores para sua libertação (Moksa). Os sikhistas adotam como textos sagrados o Guru Grant Sahib e o Janam-Sakhis, ou “Histórias da Vida”, escrito 80 anos após a morte de Nanak, o fundador da religião (cuja origem é remontada à Índia do século XV).
Taoísmo
O Taoísmo possui duas vertentes de pensamento religioso. Uma destas vertentes se concentra na meditação desritualizada, seguindo feições metódicas, subsistindo de maneira mais geral como uma ordem filosófica, enquanto a vertente mais ortodoxa atribui importância fundamental aos rituais, à renovação cósmica e ao controle espiritual. O termo Tão, significando "caminho", consiste num elemento fundamental recorrente em todas as tradições filosóficas chinesas, entre elas o próprio Confucionismo.
O incenso é um elemento constante nos rituais taoístas. Um dos símbolos do Taoísmo é bastante famoso até entre os ocidentais: o Yin-Yang consiste numa representação do equilíbrio e complementaridade entre as forças naturais opostas em perfeita harmonia.
Referente à organização clerical, o Taoísmo é constituído de estrutura monástica e sacerdotal. Os textos sagrados do Tao são: o Dão De Jing (Tao te-ching: “O Caminho e seu Poder”) e os escritos de Chuang Tzu (369-286 a. C.).
A cronologia da origem das bases filosóficas taoístas ainda permanece obscura, podendo ser bastante anterior a Lao Tzu, considerado o fundador da religião, mas que na verdade foi responsável por um grande impulso à religião sobre a qual já existiam alguns conceitos primitivos.
Testemunhas de Jeová
Há nesta religião a rejeição à Santa Trindade da Igreja Católica. As Testemunhas de Jeová pregam a simplicidade como modo de vida, possuindo este sistema de crenças uma orientação anti-ecumênica . As transfusões de sangue são terminantemente proibidas, mesmo nos casos de risco de vida em que são necessárias, e os fiéis acreditam na iminência do Armagedom e que, no final da guerra apocalíptica, serão os eleitos para o governo ao lado de Cristo pela eternidade.
A origem dessa dissidência cristã é remontada ao século XIX, nos Estados Unidos, sendo iniciada por Charles Taze Russell.
Unitarismo
Esta religião prega a salvação como bem inalienável de todos os indivíduos. O conceito de inferno eterno é inexistente para os unitaristas, que realizam uma leitura literal da Bíblia. Estes pregam a fraternidade e, assim como outras religiões, reverenciam a Santa Ceia e o batismo. Jesus Cristo é tomado como humano comum e como um mestre de ensinamentos religiosos.
Desta forma, o Unitarismo realiza uma ruptura com o conceito cristão da Santa Trindade.
A origem desta religião é remontada a uma dissidência da Igreja Anglicana, tendo sido fundada em 1770.
Xintoísmo
Tendo fundação remontada ao Japão, aproximadamente no ano de 660 a.C., o Xintoísmo possui duas vertentes: o Xintoísmo Sectário (Kioto) e o Shrine Shinto (Jinga). Os textos sagrados do Xintoísmo são o Nihon Shoki (consistindo de narrativas do Japão do ano 720 d. C.) e o Kojiki, contendo registros dos anciões mestres.
Zoroastrismo
Dois princípios fundamentais regem o sistema de crenças desta religião: a existência de Deus e do Diabo e a volta do Paraíso à Terra. Os livros sagrados do Zoroastrismo são: o Avesta, o livro sagrado das orações, dos hinos, dos rituais, das instruções, da prática e da lei; o Gathas, que são hinos atribuídos a Zoroastro; o Pahlavi, que consiste na literatura zoroastrista. Ahura Mazda é a deidade suprema, criador de todas as coisas boas, enquanto Ahriman é o princípio destrutivo que rege a ganância, a fúria e as trevas; a bondade irá triunfar; os mortos ressuscitarão. A origem do Zoroastrismo é remontada ao século VI a. C., tendo sido fundada pelo profeta persa Zoroastro.
ÁFRICA DE ONTEM, ÁFRICA DE HOJE
A transição do regime do Apartheid a um regime democrático na África do Sul não foi
dos mais pacíficos, mas pode ser considerado como um grande momento político. O
governo democrático que assumiu o poder em 1994 teve que lidar com uma situação
bastante complexa. Se por um lado herdou a mais desenvolvida das economias africanas,
com uma moderna infraestrutura, por outro, herdou também grandes problemas
socioeconômicos, incluindo um alto nível de desemprego, índices alarmantes de pobreza,
alta concentração de renda, além de intensa violência.
A África do Sul viveu uma relação peculiar entre poder, terra e trabalho. O poder
colonial no país se deu basicamente de três maneiras. Primeiramente, criou estruturas
políticas e econômicas que permitiram a superioridade dos colonizadores em relação às
populações nativas. Em segundo lugar, os colonizadores restringiram o acesso desses
grupos à terra, à água e ao gado. Por fim, os diversos grupos nativos e, posteriormente,
também estrangeiros, foram transformados em força de trabalho. Esses fatores regeram o
colonialismo na África do Sul da metade do século XVII até o fim do século XX. Assim, o
poder político, econômico e militar da minoria branca determinou o destino da sociedade sul africana
por quase 350 anos.
A economia sul-africana foi sustentada pela escravidão e servidão por 250 anos e
pela discriminação e exploração por outros 100 anos. Os colonizadores holandeses
instituíram um sistema mercantil entre os séculos XVII e XVIII, e os britânicos o sistema
capitalista no século XIX. O novo sistema introduzido pelos britânicos destruiu as bases do
sistema mercantil e os tradicionais padrões dos colonizadores boers. Com a descoberta de
ouro (1866) e de diamantes (1867), o colonialismo britânico passou a ser mais agressivo e
abrangente.
A dominação britânica foi sucedida por uma espécie de “colonialismo interno” com o
controle político dos afrikaners, que criou um sistema de opressão institucionalizada contra a
maioria negra e, em menor medida, mestiça e asiática, que foi tolerada pelo Ocidente
durante a Guerra Fria. Dezesseis anos após a transição democrática na África do Sul, o
mais importante desafio ainda é o aprimoramento do frágil sistema democrático sul-africano
para que governo e sociedade possam agir de maneira efetiva contra os resquícios do
Apartheid.
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