sexta-feira, 4 de outubro de 2013
A REVOLTA DOS MALÊS II
A Revolta dos Malês foi um movimento que ocorreu na cidade de Salvador (província da Bahia) entre os dias 25 e 27 de janeiro de 1835. Os principais personagens desta revolta foram os negros islâmicos que exerciam atividades livres, conhecidos como negros de ganho (alfaiates, pequenos comerciantes, artesãos e carpinteiros). Apesar de livres, sofriam muita discriminação por serem negros e seguidores do islamismo. Em função destas condições, encontravam muitas dificuldades para ascender socialmente.
Causas e objetivos da revolta
Os revoltosos, cerca de 1500, estavam muito insatisfeitos com a escravidão africana, a imposição do catolicismo e com a preconceito contra os negros. Portanto, tinham como objetivo principal à libertação dos escravos. Queriam também acabar com o catolicismo (religião imposta aos africanos desde o momento em que chegavam ao Brasil), o confisco dos bens dos brancos e mulatos e a implantação de uma república islâmica.
Desenvolvimento da revolta
De acordo com o plano, os revoltosos sairiam do bairro de Vitória (Salvador) e se reuniriam com outros malês vindos de outras regiões da cidade. Invadiriam os engenhos de açúcar e libertariam os escravos. Arrecadaram dinheiro e compraram armas para os combates. O plano do movimento foi todo escrito em árabe.
Fim da revolta
Uma mulher contou o plano da revolta para um Juiz de Paz de Salvador. Os soldados das forças oficiais conseguiram reprimir a revolta. Bem preparados e armados, os soldados cercaram os revoltosos na região da Água dos Meninos. Violentos combates aconteceram. No conflito morreram sete soldados e setenta revoltosos. Cerca de 200 integrantes da revolta foram presos pelas forças oficiais. Todos foram julgados pelos tribunais. Os líderes foram condenados a pena de morte. Os outros revoltosos foram condenados a trabalhos forçados, açoites e degredo (enviados para a África).
O governo local, para evitar outras revoltas do tipo, decretou leis proibindo a circulação de muçulmanos no período da noite bem como a prática de suas cerimônias religiosas.
Curiosidade:
- O termo “malê” é de origem africana (ioruba) e significa “o muçulmano”.
A REVOLTA DOS MALÊS
A revolta dos Malês pode ser compreendida como um conflito que deflagrou oposição contra duas práticas comuns herdadas do sistema colonial português: a escravidão e a intolerância religiosa. Comandada por negros de orientação religiosa islâmica, conhecidos como malês, essa revolta ainda foi resultado do desmando político e da miséria econômica do período regencial.
Com o deslocamento do eixo econômico-admininstrativo do Brasil para a região sudeste e as constantes crises da economia açucareira, a sociedade baiana do período tornou-se um sinônimo de atraso econômico e desigualdade socioeconômica. Além desses fatores, devemos também destacar que as prescrições religiosas incentivadas pelas autoridades locais promoveram a mobilização desse grupo étnico-religioso específico.
Anos antes da revolta, as autoridades policiais tinham proibido qualquer tipo de manifestação religiosa em Salvador. Logo depois, a mesquita da “Vitória” – reduto dos negros muçulmanos – foi destruída e dois importantes chefes religiosos da região foram presos pelas autoridades. Dessa maneira, os malês começaram a arquitetar um motim programado para o dia 25 de janeiro de 1835.
Nesta data, uma festa religiosa na cidade Bonfim esvaziaria as ruas de Salvador dando melhores condições para a deflagração do movimento. Naquela mesma data, conforme a tradição local, os escravos ficariam livres da vigilância de seus senhores. Entre os ideais defendidos pelos maleses, damos destaque à questão da abolição da escravatura e o processo de africanização de Salvador por meio do extermínio de brancos e mulatos.
Mesmo prevendo todos os passos da rebelião, o movimento não conseguiu se instaurar conforme o planejado. A delação feita por dois negros libertos acionou um conflito entre as tropas imperiais e os negros malês. Sem contar com as mesmas condições das forças repressoras do Império, o movimento foi controlado e seus envolvidos punidos de forma diversa. Apesar de não alcançar o triunfo esperado, a Revolta dos Malês abalou as elites baianas mediante a possibilidade de uma revolta geral dos escravos.
Como se dar bem na prova do ENEM?
Algumas dicas para estudantes do Ensino Médio.
1. Ler com atenção todos os textos da prova.
O ato de ler envolve não apenas a decodificação da mensagem, mas também a interação com o texto, produzindo sentidos durante a leitura. Muitas vezes, todos os elementos necessários para encontrar a resposta certa de um exercício estão ali mesmo no enunciado. Uma leitura atenta do que pede a questão é o início para encontrar a resposta. Portanto, leia o enunciado até o final e evite a impulsividade de assinalar um item qualquer só por achar que está correto. Preste atenção ao que está sendo pedido e não ao que você deduziu a partir de uma leitura incompleta e rápida.
2. Interpretar os textos.
Você é capaz de interpretar textos. Para isso, precisa retirar deles o maior rendimento possível. Não faça leitura superficial e rápida. Não uma fórmula mágica para interpretar os textos lidos, mas procure prestar atenção nos detalhes apresentados em todos os textos que compõe a prova e relacione-os. Seja capaz de ler gráficos, imagens, mapas e tabelas, além dos textos que utilizam a linguagem verbal escrita. Redobre a atenção a esses textos que ilustram o texto principal.
3. Leia os títulos de cada texto e compreenda as informações contidas nos gráficos, imagens, tabelas.
No caso de gráficos, fique atento aos valores extremos nos picos, tanto para cima quanto para baixo. Em tabelas e mapas, relacione os dados apresentados e compare os valores; leia datas e legendas que podem conter dicas importantes sobre o assunto. Lembre-se de que estes textos são usados para ajudar a entender o assunto principal do texto em análise e ilustram informações necessárias à interpretação.
4. Se os textos forem extensos, preste atenção na maneira em que irá lê-los.
Primeiro reconheça o assunto geral, as referências contidas e o contexto. Perceba a linguagem utilizada e como as partes se articulam. Identifique as ideias básicas de cada trecho e os conceitos que definem a opinião do autor. Procure, também, retirar dados implícitos e explícitos do texto. Estabeleça relações entre o texto e seus aspectos históricos, sociais, políticos, econômicos e culturais. Reflita, também, sobre as abordagens do texto, sua narrativa e identifique como as partes se relacionam. Isto tudo exige uma leitura atenta!
5. Estabeleça com o texto lido um diálogo.
Neste ponto, é necessário que você coloque seus conhecimentos à prova. É necessário que esteja atualizado, que saiba sobre o que acontece no seu país e no mundo e como todos estes fatos influenciam em sua vida diária ou na vida dos seres humanos. Posicione-se criticamente diante dos fatos. Seja capaz de criticar com bons argumentos. Para tê-los, no entanto, é preciso saber sobre o assunto discutido. Procure informar-se: leia jornais, revistas, pesquise em sites e ouça o que outros dizem a respeito dos fatos vinculados na mídia. Conecte-se com o mundo. Leia! Leia tudo e de tudo. Quanto mais você ler, mais preparado estará para refletir sobre as informações que está recebendo.
6. Ao ler um texto, elabore respostas a três questões básicas:
Qual é a questão tratada neste texto? Qual é a posição do autor sobre este assunto? Quais argumentos o autor utiliza para fundamentar a posição dele sobre o assunto tratado?
7. Para entender o texto, leia-o mais de uma vez e quantas vezes achar necessário! Lembre-se de que sua leitura é com a finalidade de analisar o texto a fim de interpretá-lo. Primeiro preste atenção no assunto principal, depois se atente às partes. Saiba de antemão o que está sendo perguntado ou pedido no enunciado da questão para encontrar a resposta no texto.
Estratégias para ler textos:
1. Leia atentamente o enunciado antes de começar a responder a questão, especialmente em perguntas exatas. Não se precipite para não cometer erros por falta de atenção.
2. Grife ou circule os elementos mais importantes da pergunta e que podem ajudar a resposta, como dados, informações, referências a épocas ou autores.
3. Leia as alternativas de resposta relacionando-as com os itens que você destacou no enunciado para descartar aquelas que já forem evidentemente erradas.
4. Relacione os dados do enunciado com as informações contidas em mapas, gráficos e tabelas para ajudar na leitura das informações transmitidas por esses recursos.
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